"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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27 de fev. de 2010

É A HORA!


É A HORA!

Vamos embora
Vamos embora
Não demora não demora
É urgente viver por viver
É quente...É urgente...
Vamos embora, vamos embora

Está lotada a Estação
Os faróis vão apagar
viver por viver
Voar, para o ar...
Os lustres despencarão
Ah! coração, não!
Corra andante, estou adiante
Não fique parado, parado
Cheio de ados, chiados...ados
Vamos embora, embora...bora

Não demora qualquer coisa morre
Os fios congestionados, ados...
Partidos na comunicação
Do coração, do coração
Desconectados serão
Liga agora
Vamos embora, embora

Não demora...olha a hora
No próximo domingo
Vai coração sem viver, viver
Não vai poder acontecer
Amanhecer, adormecer
Vamos embora, embora

Viver por viver
É urgente, urgente
Tem que acontecer
A estação estará vazia
Em plena azia, azia
Do todo dia, o dia não mente
É corrente...urgente
Vamos embora, embora... bora


Logo lá já não mora, não mora
Coração partido, tempo partido
Um trem descarrilado, partido
Um amor não mora mais aqui
Um amor andante desconecta
Um amor vive pra morrer
Vai embora... vai embora... bora...

Partidos na comunicação
Do coração pra coração
Não demora se não corro
Aí pra você morro
Liga agora
É a hora... é a hora...
Vamos embora, bora... hora..


Cíntia Thomé




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Data: Algum ano bissexto talvez...
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