"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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19 de mai. de 2009

BOCA CARNUDA VERMELHA



Sou louca por um beijo teu
Fala pra mim
Que somos iguais
Pois se gostas
É porque gostarias de tê-la
Um sonho teu, ser como eu
Sem pudor
Pintar teus lábios
Com os meus
Mas morder
Boca carnuda vermelha
Não arrancarás pedaço meu
Mas quem sabe eu
A tua própria língua
Essa boca de mel
Que só abelha rainha
Sabe lamber
beijar

Essa
Boca
Carnuda
Vermelha
Louca












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