"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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6 de mar. de 2009

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ATRÁS DOS MEUS OLHOS, AMOR

Plantei um mar de rosas
São brancas
Como as luas
Sua face navega em fases
Desaparece nas noites
Mas atrás de meus olhos
Ela é plena, pétalas
Cheiro
Vou até o outro lado
Do nosso mundo, nos cais
E tenho a flor do seu sorriso
Sempre sonho
Branco...




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OLHARES


Não quero causar suspiros
Nem meu suspiro último
Talvez sim
Aceito teu olhar
no meu olho
E nossos suspiros últimos
Talvez sim
Talvez não
múltiplos



cintia thome











Imagem: Cintia - fotógrafa e designer A. Hernandez - Lisboa

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