"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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1 de fev. de 2009

VERDADE







VERDADE


Atravesso
A rua, a cidade...
O mundo.
Fecho a casa.
Encosto meu corpo
Á porta à parede
Vem à vontade...
No espelho:
A verdade.
Procuro a metade de mim...
A liberdade
Do ontem meu,
A fiel imagem
Do teu olhar
Na minha paisagem...
Do teu corpo
Junto ao meu.
A verdade.
No deserto, apenas miragem...
Miragem...
No retrato
Só estou eu.

Estou só
E eu.



livro: olhos de folha minha - cintia thomé 2008

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