"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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10 de fev. de 2009

NERUDA


NERUDA

O trem descabelado
atravessa o meu Chile
País que viajo a La Neruda
Noturna travessia
Pescando Luz caída
Com paciência

Uma folha seca nos outonos
E eu, uma borboleta em arrulho
Casulo aqui fico
Perdida em Pablos
E viajando a marcha
Das rodas das viagens com meu pai
Ao longe alguém canta
Em vagões ao vento
Noites estreladas
minhas e de Neruda
Versos mais tristes
Enterneço rubra




Cintia Thomé




"...sou porque tu és
E desde então és
sou e somos..."
Neruda










.Imagem: Pablo Neruda

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