
UNDERGROUND
No beiral, a calha quente
Expulsa a última gota
A lágrima fria
A calculada,
mas sem nada
Límpida empurrada
Pela sujeira
Do homem
Que se protegia
Sem convite
Na única casa
A firmeza morada
Da mulher
Que calor só dava
Com riso
Sanava fome
Sem saber
De nada
E a chuva
Leva
A última
Enxurrada
Ao abismo
Underground
De querer muito
Do habitante
Aquele que
Era
O quase
Nada
Cíntia Thomé
NOV 2008
listen music
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário