"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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7 de dez. de 2010

destino


-teus dedos nus
sem anéis, sem presa alguma
sem gravado nome – quem?
- não sei, nulo,
em branco
na leitura das mãos – saltam veias
caminho sem destino
Porque será?

pulsa o afago passado
não alcança o rosto
de meus olhos – nem o gosto
sequer a fruta
puro escárnio
desejo posto - desatino

cíntia thomé




























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