"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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22 de nov. de 2010

Bela...



"...o calor só de mim mesma
Esperando à hora de enlouquecer
Na solidão do peito
Olhos cerrados quase eu fenecia
No sonhar dos beijos
O suor escorrer no quente do afago
Os espíritos tremulando
Tua boca despertando a minha carne
Tuas garras arranhando meu dorso
Nos gritos e quarto abafados
Balançando nus na passagem das horas
Sendo a bela da tarde entardecendo
Sendo a bela adormecida
Morrendo frágil entre teus braços
Anoitecendo... Amanhecendo
E ao sol que arde
A pomba arrulhando
Lá fora...




2006



pedaços...















......

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