"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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18 de set. de 2010

abismo





chova, chova
chore, chore
que teu rosto debruce
ao mar de tuas mentiras
lave, lave
tua face
limpe tua vergonha
tua desonestidade
comigo, consigo
venha o relâmpago
assuste-te
venha o medo
grite teus pecados
medo, medo!
Relampeje, relampeje
caia no abismo
raso, raso
do teu
amor
pequeno
pequeno


@Cíntia Thomé

2010

















Foto google

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