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(Júlio Rodrigues Correia)
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(Júlio Rodrigues Correia)
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2 de ago. de 2010
quando
Quando tudo terminou
Não havia paisagem
Nem rosto no asfalto
A lua se escondeu
Regurgito do que passei
Ocre, acre, agridoce.
Ai que merda!
A lama secou
Desnuda escultura
Pisoteada ao meio
O meio de uma vida
Começo, meio sumiu. Fiu!
Virou esquina, recomeço curvo
Hiato extirpado visceral
Visceralmente a mente
Retorno do bom beijo
Sem rosto terminado
Nos tantos lábios
Na paisagem cru asfalto
Um sinal, mau sinal
A lua apareceu alcoolizada
Tudo devorado pelas pernas
Do riacho, do rio
Das mentiras cansei
E acima e em cima
Eu sem o meio
Sem meio
Cíntia Thomé
Imagem: a.hernandez-lisboa-portugal
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