"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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25 de jun. de 2010

NERUDA




NERUDA



O trem descabelado
atravessa o meu Chile
País que viajo a la Neruda
Noturna travessia
Pescando Luz caída
Com paciência
Uma folha seca nos outonos
E eu, uma borboleta em arrulho
Casulo aqui fico
Perdida em Pablos
E viajando a marcha
Das rodas das viagens com meu pai
Ao longe alguém canta
Em vagões ao vento
Noites estreladas
minhas e de Neruda
Versos mais tristes
Enterneço rubra





Cintia Thomé



"...sou porque tu és
E desde então és
sou e somos..."
Pablo Neruda












Imagem: Vanderlei Zalochi Rudimentos do Cotidiano 2010 -Acrílico s/tela

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