"A profundeza abissal da palavra declamada
ecoa nítida na linguagem abstrata
das mãos (gestos prontos),
e o atrito dos dias confunde as cicatrizes do tempo,
derramado sobre a mesa o poema
ignora nas pálpebras o pesadelo do sonho"

(Júlio Rodrigues Correia)





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24 de abr. de 2010

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A dor que tenho
É de toda flor despetalada
A dor que tenho está presa
Na sala, na varanda
No lume da vidraça
A dor que tenho
É frasco de perfume




Cíntia Thomé


1999









Imagem @CíntiaThome - dieitos autorais - Rosa2

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